Um relatório que descreve as condições da liberdade religiosa na Rússia, foi divulgado no último dia 5 de julho pela Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional (USCIRF).
Documento aborda diversos casos graves de perseguição religiosa no passado, mas destaca, principalmente, as questões que se apresentaram desde a invasão da Ucrânia.
A USCIRF também faz um lembrete das recomendações de políticas anteriormente declaradas. “As autoridades russas continuam a se envolver em severa repressão religiosa e usaram sua guerra na Ucrânia para instituir novos ou alterar mecanismos legais existentes para reprimir ainda mais as comunidades religiosas e dizimar a sociedade independente”, argumenta a comissão.
O caso do padre ortodoxo russo Mikhail Simonov, que foi recentemente condenado a sete anos de prisão por ‘espalhar informações falsas sobre os militares’, foi descrito no relatório para exemplificar a atual situação dos cristãos na Rússia. A condenação de Simonov aconteceu após ele publicar em suas redes sociais: “Matando crianças e mulheres, no Channel One cantamos canções. Nós, a Rússia, nos tornamos ímpios. Perdoa-nos, Senhor!”.
Apesar de a Igreja Ortodoxa Russa representar 71% da população do país e a maioria ser protegida pela lei religiosa da Rússia, sendo vista como membros de uma religião leal ao governo russo, quem se posiciona contra as ações do governo sofre ameaças e perseguição.
O relatório da USCIRF descreve diversos casos de punições sob acusações de ofensa aos “sentimentos religiosos dos crentes”. A comissão recomenda ao Departamento de Estado dos EUA que a Rússia continue a ser designada como um país de preocupação particular, a fim de que os Estados Unidos tenham o poder de tomar medidas cabíveis contra o país, em caso de violação dos direitos humanitários e da liberdade religiosa.
Com informações ICC