Na última quarta-feira (31), um grupo de muçulmanos interrogou e agrediu um jovem cristão de origem muçulmana, em uma rua na cidade de Rangpur, no Norte de Bangladesh. Após o ataque, Mojnu Miah, de 27 anos, foi entregue à polícia local.
O cristão foi acusado de compartilhar o Evangelho e entregar panfletos para pessoas não cristãs. De acordo com a Portas Abertas, um boletim de ocorrência foi falsamente preenchido contra Miah e o líder da igreja que ele frequenta, Lovelu Saddik Lebeo. O líder não estava presente no momento do incidente, mas ainda assim foi acusado de estar “por trás do Evangelismo e por forçar muçulmanos a se converterem ao cristianismo”.
Na acusação apresentada à polícia, os muçulmanos disseram que os dois cristãos estavam comprando a conversão de famílias muçulmanas pobres, inocentes e desamparadas através de enormes quantias de dinheiro. Eles também foram acusados de profanar o nome de Maomé e espalhar falsas informações sobre o profeta, levando muçulmanos inocentes para o inferno, com o objetivo de destruir a religião islâmica ao propagar o cristianismo.
Miah foi levado à corte, na tarde do mesmo dia e segue preso. Ele é a única fonte de sustento da sua família, que além de estarem em pânico com a situação, precisam arrecadar um valor considerável para pagar quando justiça determinar a liberdade sob fiança.
Lovelu ainda está procurando um representante legal que o defenda. As autoridades locais realizaram uma batida policial em sua casa, na quinta-feira (1) à noite, mas o líder havia se refugiado em um local secreto, com medo de ser preso.
“É difícil para mim conseguir a liberdade sob fiança sem a oportunidade de comparecer perante a Corte. Não sei mais quanto tempo consigo ficar escondido… Tenho minha família para cuidar. Preciso cuidar das necessidades deles, preciso trabalhar. Mojnu deve conseguir a liberdade condicional antes que eu tenha qualquer chance de comparecer perante a Corte, pois me tornei um fugitivo”, desabafou Lovelu.
Com informações Portas Abertas