Em uma publicação no Facebook na segunda-feira (18), o reverendo Franklin Graham, presidente da Associação Evangelística Billy Graham e da Bolsa do Samaritano, criticou à notícia de que o Vaticano permitirá que os padres católicos romanos abençoem casais do mesmo sexo, embora não de uma forma que apoie as suas uniões. Ele disse que tais “bênçãos” não irão “salvá-los do julgamento de Deus”.

Os comentários de Graham surgiram horas depois de o Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano ter emitido uma declaração intitulada “Fiducia Supplicans”, proporcionando “uma ampliação e enriquecimento da compreensão clássica das bênçãos, que está intimamente ligada a uma perspectiva litúrgica”.

Segundo o documento do Vaticano, “quando as pessoas pedem uma bênção, uma análise moral exaustiva não deve ser colocada como pré-condição para concedê-la” e que “aqueles que procuram uma bênção não devem ser obrigados a ter perfeição moral prévia”.

Para os casais do mesmo sexo, “pode ser concedida uma bênção que não só tenha um valor ascendente, mas também envolva a invocação de uma bênção que desce de Deus sobre aqueles que – reconhecendo-se desamparados e necessitados de sua ajuda – não reivindicam uma legitimação de seu próprio status”.

A declaração alertava que “não se deve prever nem promover um ritual para a bênção de casais em situação irregular”. Uma declaração emitida pelo mesmo órgão em 2021 afirmou que as igrejas não possuem poder para abençoar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que Deus “não pode abençoar o pecado”.

O Dicastério para a Doutrina da Fé do Vaticano emitiu, no mês passado, uma orientação estipulando que pessoas que foram submetidas a procedimentos cirúrgicos trans ou tomaram hormônios sexuais cruzados podem ser batizadas, desde que “não haja situações em que haja risco de gerar escândalo público”, ou desorientação entre os fiéis.”

 

Com informações: The Christian Post (20.12.23)

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