O coronel Maj Amadou Abdramane anunciou o golpe militar na TV estatal do Níger na última quarta-feira (26). As justificativas para o golpe são a falta de segurança e má gestão econômica e social no país. No entanto, o ministro interino e das Relações Exteriores, Hassoumi Massoudou, pediu a todos os democratas que “façam esta aventura fracassar”.
A constituição do Níger foi dissolvida, as instituições suspensas e as fronteiras fechadas. O coronel pediu em rede nacional que todos os parceiros externos não interferissem. As fronteiras terrestres e aéreas foram fechadas até que a situação se estabilizasse. Desde o anúncio, a população deve obedecer ao toque de recolher noturno das 22h às 05h.
Ainda no início da quarta-feira, o atual presidente do país, Mohamed Bazoum, foi preso. O líder do executivo recebeu apoio dos Estados Unidos, durante uma ligação do secretário de Estado, Antony Blinken, e da Organização das Nações Unidas (ONU).
O Mali e a Burkina Faso, dois países vizinhos do Níger, vivem sob um regime militar articulado por jihadistas. Não há certeza de como o golpe afetará as igrejas no Níger, mas houve ataques a cristãos em outros países da região que também enfrentaram o domínio militar. A simples manifestação da população pode provocar uma tensão.
Com informações: Portas Abertas (28.07.23)