*Soy e a sua família vivem no Laos. Ela participava dos cultos de adoração todos os domingos em uma pequena cabana no meio de um campo de arroz. Segundo ela, aquele era o único lugar seguro para adorar a Cristo. Depois de um mês de encontros, o chefe da vila apareceu e exigiu que os cristãos deixassem sua fé, já que a vila não cria em Jesus. Apesar das exigências, os cristãos permaneceram firmes.

No domingo seguinte, o chefe da vila se uniu aos chefes de outras vilas próximas para monitorar a igreja e relatar as atividades para a polícia. Os fieis relataram que estavam reunidos na cabana quando sete policiais, quatro chefes de vilas e diversos vizinhos entraram e insistiram que eles negassem a fé. Pela segunda vez, eles recusaram e foram todos levados para a prisão em outra província. A cadeia era cercada por grandes muros e arame farpado.

Soy admite que não sabia nenhuma passagem bíblica na época ou músicas para cantar na cela que pudessem confortá-la. Ela foi alentada pela tia, presa junto com ela. Logo, elas começaram a compartilhar o evangelho com outras presas.

Seis dias depois, os policiais pressionaram as cristãs a assinarem os documentos em que negariam a fé delas. Elas se recusaram a assinar o papel. Segundo Soy, uma hora depois, aconteceu algo inesperado: os agentes levaram os documentos embora e providenciaram os papéis da soltura. Elas assinaram e foram para casa. Os 14 cristãos, incluindo Soy e a tia dela, foram soltos naquele dia. Entretanto, a alegria da soltura acabou quando Soy chegou em casa.

“Os moradores da vila me olhavam de um jeito estranho e ninguém queria conversar comigo. Ao ir para a escola, os professores me ignoraram. Meus amigos começaram a fazer bullying comigo. Eu me senti com medo, sem esperança e sozinha.” Então, Soy se mudou de cidade para continuar os estudos, ficando distante de casa e da família.

*Nome alterado por segurança.

 

Com informações: Portas Abertas (30.08.22)

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