Nesta quinta-feira (24), data da independência da Eritreia, completa 20 anos desde que o governo proibiu todas as igrejas. Aquelas que não obedeceram à lei de 1997 para pedido de registro foram fechadas, exceto a Ortodoxa Eritreia, Católica e Evangélica Luterana. O país ocupa a 6ª colocação na Lista Mundial da Perseguição 2022.

O país foi colonizado pelos italianos em 1885 e colocado sob administração militar britânica após os italianos se renderem na 2ª Guerra Mundial. Em 1952, uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) unificou a Eritreia com a Etiópia, apesar do pedido dos eritreus por independência. Dez anos depois, houve início uma luta por independência, que a Eritreia ganhou em 1991. Em abril de 1993, os eritreus votaram em massa pela independência em um referendo.  

O governo enfrentou grandes desafios após a independência. Não havia Constituição, sistema judicial e instituições do governo. O sistema educacional precisou ser construído do zero. Em 1993, o governo provisório declarou um período de transição de quatro anos em que seria elaborada a Constituição, uma lei quanto a partidos políticos e imprensa, e conduzidas eleições para um governo constitucional. Uma comissão foi escolhida e por três anos consultou e elaborou a Constituição.

Em 1997, o governo ordenou que todos os grupos religiosos, além das igrejas Ortodoxa Eritreia, Católica e Evangélica Luterana e islâmicos, se registrassem. Algumas igrejas solicitaram o registro, mas até hoje não receberam resposta. Desde o anúncio do fechamento das igrejas em 2002, autoridades começaram a ter como alvo igrejas domésticas e continuam prendendo cristãos.

 

Com informações: Portas Abertas (24.05.22)

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