Cerca de 43% dos eleitores participaram das últimas eleições no Irã, no início de julho, quando Masoud Pezeshkian foi empossado como o novo presidente daquele país. Nos últimos anos, a nação ganhou destaque pelas violações dos direitos das mulheres, especialmente depois da morte da jovem Mahsa Amini pelo “uso incorreto” do hijab (véu islâmico) e pelo envolvimento com a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas.

O presidente eleito declarou que muitas ações da Inteligência Iraniana foram “imorais” e reconheceu a importância das várias minorias religiosas, incluindo as comunidades cristãs históricas. Segundo Michael Bosch, analista da perseguição da Portas Abertas, “o fato de o presidente ter sido escolhido na eleição com menor participação civil mostra a falta de apoio da sociedade iraniana às mudanças e reformas. O poder continua nas mãos de pessoas fora da política”.

Nos últimos meses, uma nova onda de prisões atingiu os cristãos de origem muçulmana. Juntas, as sentenças totalizam 45 anos de prisão. O evangelismo é proibido no país e cristãos que deixaram o islã para seguir a Cristo não podem participar de igrejas. As autoridades punem os que praticam a fé cristã nas igrejas secretas com duras sentenças de prisão. De acordo com a organização Article 18, Yasin Mousavi, último cristão a ser preso, recebeu a maior sentença, de 15 anos. Nem todos os cristãos foram identificados.

 

Com informações: Portas Abertas (20.07.24)

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