Recentemente, 120 famílias cristãs foram despejadas do campo de refugiados da Virgem Maria, localizado na capital do Iraque. A ordem de despejo foi dada pela Diretoria de Investimentos de Bagdá, que afirma que estar desenvolvendo projetos de urbanização na cidade, e irá construir um centro comercial no local do abrigo.

O ex seminário caldeu, situado em Dora, no subúrbio de Bagdá, teve sua estrutura reformada às pressas para abrigar os cristãos, que até o momento estavam alojados no “Campo da Virgem Maria”. A solução prática foi dada pelo Patriarcado caldeu, afim de solucionar uma emergência, “que, em muitos aspectos e implicações, recorda as dificuldades e sofrimentos que as comunidades cristãs iraquianas enfrentaram nas últimas duas décadas”, explica o Vatican News.

Esses refugiados foram anteriormente deslocados de Mosul e da Planície de Nínive, durante a invasão do ISIS em 2014. Após o grupo de insurgentes assumirem o controle da cidade, milhares de cristãos fugiram em busca de abrigo. Apesar de o ISIS ter sido declarado militarmente derrotado no ano de 2017, a maioria dos cristãos decidiu não retornar para Mosul, e muitos passsaram a residir no campo de refugiados.

A Agência de notícias, Fides, também comentou sobre a reforma da estrutura abandonada do antigo seminário em Dora. “ Nos últimos meses, um extraordinário trabalho de recuperação e manutenção realizado também graças à contribuição do engenheiro Jinan Khader tornou possível possível preparar o complexo para acolher as famílias “expulsas” do campo de refugiados Virgem Maria. As obras de recuperação e restauro… envolveram também a igreja do antigo seminário.”

 

Com informações International Christian Concern (ICC) e Vatican News

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