Entre as dezenas de civis israelenses sequestradas no dia 7 de outubro pelo Hamas, estava o jovem Yotam Haim que ficou dois meses mantido em um cativeiro, em Gaza. Na semana passada, Haim e dois outros reféns conseguiram fugir, mas, por uma trágica fatalidade, foram confundidos como terroristas e mortos por soldados israelenses.
Apesar de toda dor pela perda de seu filho, Iris Haim decidiu enviar uma mensagem em vídeo aos militares responsáveis pela morte de Yotam:
“Eu sei que tudo o que aconteceu não é absolutamente culpa de vocês, não é culpa de ninguém, exceto do Hamas.
Quero que vocês se cuidem e pensem o tempo todo que estão fazendo o melhor para nos ajudar. Porque nossa família e todo o povo de Israel precisamos de vocês vivos e com saúde.
Não hesitem nem por um segundo se avistarem um terrorista. Não pensem que mataram um refém deliberadamente. Vocês têm que cuidar de si mesmos, porque só assim poderão cuidar de nós.
Na primeira oportunidade que tiverem, vocês estão convidados a virem até nossa casa. Queremos vê-los com nossos próprios olhos, abraçá-los e dizer que o que vocês fizeram – por mais difícil e triste que seja dizer isso – aparentemente foi a coisa certa naquele momento.
Nenhum de nós vai julgá-los ou ficar com raiva. Nem eu, nem meu marido Raviv, nem nossos filhos Noya e Tuval. Nós amamos muito vocês. E isso é tudo”.
Os integrantes da unidade militar responsável pela morte do jovem, receberam o vídeo e aceitaram o convite de Iris, nesta sexta-feira (22). Eles tiveram algumas horas de licença do campo de batalha para visitar a residência da família em Israel.
“Recebemos sua mensagem, senhora. Estávamos todos muito abalados com o que aconteceu, mas agora nos sentimos mais aliviados e prontos para continuar nossa luta”, afirmou um dos soldados.
Iris Haim relatou que essa era extamente a inteção dela ao enviar a mensagem à tropa israelense: “Ótimo, era isso que eu queria”, disse a mãe.
Com informações unidosporisrael