Dados recentes do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU informou que cerca de 566 mil pessoas foram deslocadas de suas residências, desde o golpe militar (em fevereiro de 2021), em Mianmar.

Segundo o portal de informações UCAN, somente entre os dias 29 de abril e 1º de maio, 12 mil pessoas da etnia karen foram obrigadas por forças aéreas armadas a deixarem suas casas. O estado de Kayin, aonde os karens habitam, vive uma rebelião armada pela independência nos últimos 60 anos.

A resistência aos militares também tem sido sangrenta na região de Sagaing, antiga capital do país. “Os militares têm atacado igrejas, instituições religiosas e casas de civis nas áreas em que a maioria da população é cristã, causando a fuga de milhares deles”, informou o UCAN.

Em julho do ano passado, os corpos de 40 homens foram encontrados em Sagaing. Eles foram mortos em séries de incursões para perseguição aos cristãos. Alguns deles foram enforcados, segundo a BBC. A comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, disse em um relatório recente que o exército pode ter cometido crimes contra a humanidade e crimes de guerra, incluindo assassinatos, prisões em massa e tortura.

Segundo a Portas Abertas, o país é o 12º lugar da Lista Mundial da Perseguição 2022.

Com informações: Portas Abertas (02.06.22)

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