Nascida em Qalansawe, Israel, a capitã Ella Waweya é a primeira mulher árabe a alcançar o posto de major nas Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês).

Waweya tem 33 anos e é uma oficial condecorada do exército israelense. No ano de 2015, ela recebeu o Prêmio de Excelência do Presidente e em 2018, o Prêmio de Destaque do Chefe da Divisão de Operações.

No início da carreira, a major decidiu escondeu seu serviço militar de familiares e amigos, por receio da reação deles. Um ano e meio após seu alistamento, quando seria homenageada na cerimônia do Prêmio do Presidente, ela resolveu convidar seu irmão e contar o segredo a ele.

“Ele não entendia do que eu estava falando”, lembrou ela, acrescentando que precisou enviar uma foto sua vestindo o uniforme.

Waweya conta que ouviu na voz do irmão, que ele tremia com a informação. Apesar de concordar em comparecer à cerimônia, ele a pediu que mantivesse sua profissão em sigilo.

A história da capitã foi parar no jornal e site Yedioth Ahronoth, deste modo, seu serviço militar na IDF tornou-se amplamente conhecido, deixando sua família “em choque”.

A reação de sua mãe ao ver seu o uniforme pela primeira vez, foi jogar fora. No entanto, ela e o restante da família aceitaram a decisão de Waweya de servir e, quando aconteceu a nomeação oficial da “capitã Ella”, compareceu à cerimônia.

“Nós nos abraçamos por 15 minutos no palco e apenas choramos”, disse ela. “Nós nunca tínhamos nos ligado tanto antes”, contou.

A capitã é o atual rosto do IDF para a sociedade árabe em Israel e fora de suas fronteiras. Ela compartilha em suas redes sociais vídeos e informações sobre o exército israelense.

Waweya compartilhou ao All Israel News, que não era seu sonho entrar no IDF, inclusive passou por crise de identidade quando era jovem. Mesmo sendo criada em uma família muçulmana religiosa, ela conta que queria fazer parte da sociedade israelense, e se perguntava se era palestina ou israelense.

Quando via a mídia árabe, ela ficava chateada com a imagem que mostravam de Israel e queria poder mostrar sua perspectiva sobre o país. Ela conta que uma virada aconteceu quando recebeu sua carteira de identidade israelense, aos 16 anos. Foi aí que ela soube que realmente era israelense.

Sempre que via soldados israelenses em pontos de ônibus, ela sentia o desejo de fazer parte do grupo, mas não sabia que poderia ingressar nas FDI como muçulmana árabe. Então, se ofereceu para o trabalho em um hospital israelense em seu ano de serviço nacional e também se matriculou em uma universidade israelense para estudar comunicação, e se tornar uma jornalista.

Durante uma conversa no hospital, um guarda que havia servido nas forças armadas perguntou-lhe por que ela escolheu o serviço nacional em vez do IDF. Foi então, que ela ficou sabendo da possibilidade de se alistar como muçulmana árabe.

Com informações Charisma News/ All Israel News

Enviar

Deixe uma resposta