Após quase sete anos do sequestro do missionário norte-americano Jeffery Woodke, oficiais dos Estados Unidos confirmaram, nesta segunda-feira (20), que o cristão foi libertado do cativeiro.
Conhecido por sua participação em movimentos de ajuda humanitária durante 24 anos, quando foi sequestrado em outubro de 2016, Woodke liderava o trabalho missionário no Níger. Porém sua libertação aconteceu fora do Níger, em uma região na fronteira entre Burkina Faso e Mali.
De acordo com a Portas Abertas, os responsáveis pelo sequestro são conhecidos por realizar raptos há anos na região, mas as autoridades o nome do grupo extremista não foi divulgado publicamente . “Os grupos terroristas estão se aliando e se sobrepondo no Oeste Africano. Eles enxergam os sequestros como uma espécie de negócio, como uma fonte de dinheiro e poder”, afirmou, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA.
O conselheiro de segurança nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, publicou no Twitter um agradecimento ao Níger e a todos de seu governo que contribuíram para a liberdade de Woodke.
“Estou satisfeito e aliviado em ver a libertação do refém norte-americano Jeff Woodke depois de mais de 6 anos em cativeiro. Os EUA agradecem ao Níger por sua ajuda em trazê-lo de volta para casa para todos que sentem falta dele e o amam. Agradeço a tantos em nosso governo que trabalharam incansavelmente para garantir sua liberdade”, tuitou Sullivan.
A esposa de Jeff, Els, e os dois filhos do missionário precisarão aguardar alguns dias para reencontrá-lo, pois ele ainda está sendo transferido para os Estados Unidos. No entanto, a certeza de seu retorno e liberdade já é um consolo para toda família.
O processo para a libertação de Jeff está sendo mantido em sigilo pelos oficiais, que garantiram fornecer todo cuidado médico e ajuda pós-trauma que o cristão precisar.
Além de Woodke, o jornalista francês Olivier Dubois, sequestrado no Mali em 8 de abril de 2021 pela aliança jihadista Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM), também foi libertado nesta segunda.
De acordo com o CNN, Dubois foi transferido para o Níger após sua libertação.
“Sentimos uma alegria e um alívio imenso. Nosso colega foi mantido refém por 711 dias no Mali. Seu cativeiro foi o mais longo para um jornalista francês feito refém desde a guerra do Líbano”, disse um comunicado dos Repórteres Sem Fronteiras.
Segundo as autoridades, o grupo extremista não recebeu nenhum resgate ou outro tipo de benefício para soltar os reféns.
Com informações Portas Abertas e CNN