Morreu no último domingo (14), aos 94 anos, Everly LaHaye, num lar de idosos em El Cajon, na Califórnia (EUA). A tímida esposa de pastor ficou conhecida por defender a política cristã conservadora nos EUA e tornar-se uma inspiração para centenas de milhares de mulheres religiosas.

Em 1979, LaHaye fundou a Concerned Women for America (CWA), tida como a organização mais eficaz da direita religiosa. Na CWA, serviu como presidente até 2006, se aposentando do conselho em 2020.

“Sua vida é uma prova do impacto que uma mulher com visão e missão pode ter no curso da história”, disse Penny Nance, atual presidente da CWA.

LaHaye tinha o apoio significativo das mulheres, a quem chamava de “minhas senhoras”, em suas lutas conservadoras. Ela conseguiu que “enviassem mais de 1.000 postais a um senador dos EUA que a tinha menosprezado numa audiência pública; 2.000 para apoiar um funcionário da administração republicana que foi apanhado a vender armas ilegalmente ao Irã; 64 mil para apoiar um controverso candidato conservador à Suprema Corte dos EUA; e 778 mil para protestar contra uma emissora de TV que exibiu um anúncio de preservativos no horário nobre” relatou o jornal Christianity Today.

A fundadora da CWA certa vez foi elogiada pelo presidente Ronald Reagan, como “uma das potências” do movimento conservador e recebeu o crédido por “mudar a face da política americana”.

De acordo com a historiadora Emily Suzanne Johnson ao The Washington Post, LaHaye “deu a muitas mulheres uma linguagem para compreender o ativismo conservador feminino como absolutamente necessário” . “As mulheres têm sido a força motriz deste movimento de várias maneiras, especialmente a nível popular. Não tenho certeza se isso aconteceria sem Beverly LaHaye”, disse.

Tanto empenho em defesa das causas em que acreditava, também lhe rendeu a ira da esquerda, especialmente das pessoas que lutam pelos direitos LGBTQ. Em 1993, LaHaye chegou a ser chamada de “uma fomentadora de ódio profissional”, por um porta-voz da Campanha dos Direitos Humanos.

Esposa do pastor Tim LaHaye, coautor dos populares romances apocalípticos Deixados para Trás, Beverly afirmava que seu marido apoiava e encorajava seu ativismo político, que para ela era uma forma de responder ao chamado de Deus em sua vida.

“Acho que Deus simplesmente me empurrou da cadeira e disse: ‘Beverly, vá em frente.’ Tudo o que fiz não é o meu caminho natural, mas Deus colocou em meu coração para fazê-lo… Sabe, quando você diz: ‘Seja o que for, Senhor, onde quer que você me envie, o que quer que você queira que eu diga, o que quer que você queira que eu faça, aqui estou eu’, é melhor você aguentar. É melhor você aguentar firme”, contou ela certa vez.

LaHaye já havia perdido seu esposo em 2016, após 69 anos de casamento, e seu filho Lee morreu no ano seguinte. A líder deixa seus filhos Linda, Larry e Lori, bem como 9 netos e 20 bisnetos.

 

Com informações Christianity Today

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