Na tarde do dia 17 de abril, as autoridades em Mianmar libertaram 3.300 pessoas da prisão, em comemoração ao festival budista de Ano Novo de Thingyan. A anistia costuma ser aplicada às pessoas presas durante a repressão contra os opositores, mas o motivo não foi informado. No entanto, no período da noite, um pastor tornou a ser preso sem justificativas.

O pastor Hkalam Samson é um líder religioso bem respeitado e conhecido por sua defesa aos direitos das minorias religiosas e étnicas em Mianmar. Ele chegou a atuar como presidente da Convenção Batista de Kachin.

A primeira prisão do reverendo ocorreu em dezembro de 2022, quando doi falsamente acusado de associação ilegal, incitação à oposição ao regime e terrorismo. Ele recebeu a condenação de seis anos de prisão em abril de 2023 e cumpriu 16 meses de sua sentença no momento de sua libertação.

Segundo o relato de um parente que falou sob condição de anonimato, no momentm em que a família e os amigos se confraternizam em comemoração à liberdade do pastor, autoridades locais chegaram e levaram o pastor Samson, sua esposa Zung Nyaw e um membro do Grupo de Criação de Conversas de Paz (com sede em Kachin) para a prisão de Myitkyina. Local onde Sansão já havia cumprido pena. As autoridades alegaram que era para segurança deles.

O Departamento de Estado dos EUA pediu a libertação dos cristãos.

De acordo com a International Christian Concern (ICC), cerca de 6% dos 54 milhões de habitantes de Mianmar são cristãos. No entanto, o estado de Kachin, o estado mais a norte do país, que faz fronteira com a China e a Índia, tem uma população cristã significativa que é frequentemente assediada e perseguida. Cerca de 35% dos 1,7 milhão de habitantes do estado são cristãos.

 

Com informações ICC

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