Um ataque aéreo do Exército de Israel perto de uma mesquita, matou pelo menos cinco pessoas, com idades entre 18 e 24 anos, em Tubas, no nordeste da Cisjordânia ocupada. A ocorrência foi confirmada nesta quarta-feira (11) pelo Crescente Vermelho Palestino e pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o ataque teve como alvo uma célula de milicianos armados e enquadraram a operação como parte de sua intensa ofensiva contra as milícias palestinas no norte do país, que começou na semana passada. De acordo com a FDI, os cinco mortos pertenciam à referida mílicia. As forças israelenses também cercaram o Hospital Turco da cidade e impediram o acesso de ambulâncias ao complexo.

O Crescente Vermelho Palestino afirmou que cinco dos seus paramédicos continuam detidos pelas forças israelenses em Tulkarem e que não sabem notícias de nenhum deles. No último dia 28 de agosto, o Exército israelense lançou uma incursão denominada “Operação Acampamentos de Verão” nas cidades de Jenin, Tulkarem e Tubas, todas redutos históricos das milícias palestinas. Pelo menos 36 palestinos morreram nas três cidades, cerca de 150 pessoas ficaram feridas e várias casas, lojas e ruas foram destruídas.

A Cisjordânia ocupada vive sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, até agora, em 2024, pelo menos 355 pessoas foram mortas por fogo israelense. O Exército israelense intensificou as frequentes incursões no território palestino ocupado após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Na ocasião, a descoberta dos corpos dos seis reféns, capturados pelo movimento terrorista palestino, desencadeou uma onda de manifestações no país. Durante uma entrevista na TV, o porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, informou que o espaço possuía 80 cm de largura por 120 metros de comprimento e estava localizado a 20 metros da superfície em Khan Yunis, no sul de Gaza.

Hagari disse que o Exército perseguirá os terroristas que atiraram nos seis reféns: Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Ori Danino e Almog Sarusi.

Túnel onde os corpos dos reféns foram encontrados

 

Com informações da EFE

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