Além de enfrentar a desigualdade em seus direitos básicos, como a falta de educação e dependência econômica, a mulher que vive em algum dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2023, e abandona a fé majoritária para se tornar cristã, sofre também com a perseguição religiosa.

Para que essas mulheres e meninas se convertam à religião imposta pela sociedade, se mantenham no padrão do que a família e comunidade esperam dela, elas são expostas à violências verbais, físicas e sexuais. Em muitos casos, são levadas até morte.

Um relatório da Portas Abertas referente a perseguição específica de mulheres, mostrou que 85% das cristãs perseguidas nos países da (LMP 2023) são vítimas de violência sexual. Apesar de já ser uma porcentagem alta, os dados exatos tendem a ser ainda maiores, pois muitas não denunciam esses crimes por medo da vergonha e desvalorização que resultam.

Em Bangladesh, por exemplo, uma mulher abusada é uma desonra para sua família e comunidade. Na Nigéria, as mulheres sequestradas por grupos extremistas são vítimas de agressão sexual, e quando conseguem fugir precisam lidar com o preconceito já que perderam sua “pureza” e costumam ter filhos dos radicais islâmicos.

No Iraque, o abuso sexual só é um crime se o homem não se casar com a vítima. Desse modo, muitas meninas são forçadas a se casar com o agressor “para restaurar a honra da família”.

A Portas Abertas destaca que em países onde as mulheres têm acesso à computadores e internet, elas são expostas também à perseguição digital, sendo vigiadas e monitoradas tanto pelas famílias quanto pelo governo, que submetem regras.

As mulheres que não obedecem às ordens da família, têm o acesso à internet negado, e celulares e computadores confiscados. E se quebrarem alguma regra do governo, podem ser interrogadas, agredidas e presas.

Em países de maioria islâmica como o Catar, as práticas de tutela masculina facilitam e até encorajam o controle digital.

O casamento forçado é usado como arma por algumas famílias de origem muçulmana, que preferem obrigar a muher a se casar para mantê-la longe da fé cristã e até garantir um benefício econômico. Caso se neguem, podem enfrentar agressões físicas e sexuais dos maridos, amparados pela lei.

No Nordeste do Chade, por exemplo, as mulheres estão sujeitas a pagar uma multa por rejeitarem uma proposta de casamento.

As meninas e mulheres sequestradas por grupos radicais islâmicos fazem parte de um plano para a geração de próximos combatentes. Além disso, as cristãs são utilizadas como escudos humanos. Na República Democrática do Congo, mulheres grávidas e meninas pequenas ficam a frente dos jihadistas, para que as forças do governo não os fuzilem facilmente.

Com informações Portas Abertas

Enviar

Deixe uma resposta