Na última segunda-feira (28), nove pastores cristãos foram presos sob falsas acusações de atividades de conversão em Azamgarh, no estado de Uttar Pradesh, no norte da Índia.

A prisão dos líderes aconteceu em uma recepção de casamento, e inclusive o casal cristão recém-casado foi levado pela polícia. Segundo informações da International Christian Concern (ICC), um Primeiro Relatório de Informação (FIR) havia sido registrado contra os pastores sob a draconiana lei anti-conversão do estado, e nacionalistas hindus radicais pressionaram a polícia a prender os cristãos.

Conforme relatado à ICC, os policiais invadiram a casa do pastor de uma Igreja das Assembleias de Deus, aonde acontecia a recepção do casamento de sua filha, e confiscaram Bíblias e outros itens cristãos sob alegação de que a reunião se tratava de um programa de conversão. Mesmo após o pastor anfitrião explicar que o evento era uma recepção de casamento, a polícia o ignorou e levou os pastores cristãos e o casal de noivos para a prisão.

Os cristãos de Uttar Pradesh estão sendo cada vez mais desafiados a praticarem sua fé. Recentemente, o United Christian Forum (UCF) divulgou um relatório que mostra o crescimento exponencial da perseguição cristã nos últimos anos, e expõe o alto índice de violência contra os cristãos indianos. Em 2022, foi registrado o maior pico de incidentes em toda a Índia, sendo Uttar Pradesh considerado o estado mais flagrante, com 149 ataques contra cristãos.

“Mais de 200 igrejas foram fechadas nos últimos meses, e 52 pastores e cristãos estão presos nas prisões em todo o estado de Uttar Pradesh. É um desafio para os cristãos se reunirem para adoração… o incidente de hoje de nove pastores que foram enviados para a prisão conta a história maior de como os cristãos não podem se reunir para qualquer propósito”, afirmou um líder cristão local.

Outro líder cristão disse ao ICC: “Os cristãos vivem sob o medo de serem alvejados e atacados sem motivo, e a polícia só precisa de uma denúncia para que eles ajam e os mandem para a prisão sob a lei anticonversão”.

Com informações International Christian Concern (ICC)

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