A proposta de cessar-fogo com o grupo extremista libanês Hezbollah, feita por Estados Unidos e França, foi indeferida pelas autoridades do governo de Israel nesta quinta-feira (26). A informação foi confirmada pelo ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz.
A ideia proposta por EUA e França era uma trégua de 21 dias para que houvesse tempo de tentar estancar a escalada do conflito por vias diplomáticas. No entanto, as potências ocidentais não receberam a resposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Nesta quinta-feira, as Forças de Defesa de Israel informaram que foi realizado exercício de treinamento de invasão por terra perto da fronteira com o Líbano. De acordo com a agência Reuters, os ataques aéreos feitos pelas Forças Armadas de Israel mataram ao menos 23 sírios em um edifício da cidade libanesa de Younine. Os bombardeiros foram na madrugada desta quinta-feira (26), pelo horário de Brasília, e também atingiram cerca de 75 alvos do Hezbollah no Líbano.
Na quarta-feira (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses resultaram em 72 mortos e 392 feridos. Desde o início dos bombardeios aéreos, na segunda-feira, até quarta, as autoridades libanesas afirmam que mais de 620 pessoas morreram.
O alto representante de relações exteriores União Europeia (UE), Josep Borrell descreveu a situação no sul do Líbano como uma “situação de guerra”. O Ministério da Saúde do país disse que os ataques deixaram mais de 500 mortos, incluindo cerca de 60 mulheres, 40 crianças e mais de 1800 feridos.
O Hezbollah segue bombardeando o território israelense. O grupo atacou, no fim de semana, cidades mais distantes da fronteira, como Nazaré e Haifa. A defesa aérea de Israel conseguiu capturar a maioria dos mísseis.
Nesta quarta-feira (25), o adolescente brasileiro Ali kamal Abdallah, de 15 anos, entrou para a estatística de vítimas mortas pelo conflito no Oriente Médio. Ele foi atingido no Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute. O pai do jovem, de origem paraguaia, também morreu.
Com informações: G1, Agência Brasil e Band