Conjunto de placas de marfim do período do Primeiro Templo foi encontrado recentemente, na área do estacionamento Givati no Parque Nacional dos Muros de Jerusalém. Além dos artefatos de marfim, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) também divulgou nesta terça-feira (6), que um selo de pedra ágata, bem como uma impressão de selo com o nome “Natan-Melech, servo do rei”, foi desenterrado no mesmo local.
De acordo com os estudiosos acreditam que as peças em marfim eram usadas para decorar, e foram embutidas em móveis de madeira que pertenciam aos moradores na região. Por ser considerado um dos materiais mais luxuosos do mundo antigo, até mais valioso do que o ouro, especula-se que pertenciam a pessoas de influência e poder, possivelmente altos funcionários do governo ou sacerdotes.
Na Bíblia, aparecem diversas citações do marfim nos livros de Reis e Amós. Ao citar o “grande trono de marfim” do rei Salomão, em 1 Reis 10.18; sobre o palácio do rei Acabe adornado com marfim, na referência de 1 Reis 22.39, e também nas advertências do profeta Amós contra aqueles que se deitam em camas e sofás de marfim (Amós 6:4).
A IAA compartilhou imagens das peças em sua página oficial no facebook, e destacou que “as decorações na maioria dos marfim são similares, compreendendo molduras incisadas com rosetas no centro das quais havia uma árvore estilizada”.
Após estudarem o marfim, Dr. Ido Koch e Reli Avisar, da Universidade de Tel Aviv explicaram que a roseta e a árvore eram símbolos populares na cultura mesopotâmica. “Curiosamente, estes dois símbolos apareceram nesta altura em elementos arquitetônicos de pedra que adornavam edifícios opulentos no Reino de Judá”, afirmou a publicação da IAA.
Segundo os diretores de escavação, Prof. Yuval Gadot do Departamento de Arqueologia e Culturas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv e o Dr. Yiftah Shalev da Autoridade de Antiguidades de Israel, o achado evidencia a importância e centralidade de Jerusalém na região no Primeiro Templo.
“As novas descobertas ilustram o quão importante Jerusalém era, e os novos achados colocam-no na mesma liga que as capitais da Assíria e do Reino de Israel. A descoberta dos marfim é um passo em frente na compreensão do estatuto político e económico da cidade como parte da administração e economia internacionais”, afirmam os especialistas.
Com informações Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) e Guiame