Forçada a se casar com um agricultor quando tinha apenas 7 anos, a afegã Bibi Nazdana, conseguiu na justiça o direito ao divorcio em 2021, no período em que o governo do Afeganistão era apoiado pelos EUA.
Nazdana foi ao tribunal e após anos de luta, recebeu a permissão para se separar. Porém, após dez dias, o Talibã retomou o controle do país e o seu marido, Hekmatullah, reinvindicou a decisão da justiça.
De acordo com a BBC News, Abdulwahid Haqani, porta-voz da Suprema Corte do Afeganistão, confirmou a decisão em favor de Hekmatullah, justificando que a anulação do casamento concedida pela justiça anterior “foi contra a sharia e as regras do casamento”, pois ele “não estava presente”.
O tribunal do Talibã, que utiliza a lei islâmica sharia, já silenciou milhares de mulheres no sistema jurídico do Afeganistão, desde que retornou ao poder, há três anos. O caso de Nazdana é um dos cerca de 355 mil, que o grupo alega ter analisado com a finalidade de “acabar com a corrupção do passado e estabelecer justiça sob a sharia“.
Redação CPAD News/ Com informações BBC News