Há 15 anos morando nos Estados Unidos, o influenciador mineiro Junior Pena, que tem mais de 1 milhão de seguidores no TikTok, relatou que muitas famílias estão assustadas diante das notícias do cerco do presidente Donald Trump a imigrantes sem documentação. Ele conta que essas pessoas mudaram as rotinas delas, passaram a evitar sair de casa e até cogitam retornar o mais breve possível para o Brasil.

Segundo relatos ouvidos pela BBC News Brasil, o efeito das promessas de endurecimento das políticas de deportação e anúncios de blitz para capturar imigrantes irregulares também já pode ser sentido em ambientes frequentados pela comunidade brasileira, como mercados e igrejas evangélicas.

Desde que assumiu o cargo em 20 de janeiro, Trump anunciou uma série de ordens executivas relacionadas à imigração. Em mais de 21 ações, o republicano tomou medidas para reformular partes do sistema de imigração do país, incluindo como os migrantes são processados e deportados. Entre essas novas regras, está a liberação da detenção de imigrantes em igrejas, escolas e clínicas.

Os agentes como os policiais do Departamento Antidrogas ou os Marshals, como são conhecidos alguns agentes federais, receberam ordens para também fazerem a detenção de imigrantes irregulares. Em declarações à imprensa, membros do governo americano e a Casa Branca têm dito que o foco das operações são imigrantes “criminosos” que ameaçam “a segurança pública e a segurança nacional”.

Em entrevista à BBC News Brasil, os brasileiros repetiram com frequência que o governo Trump de fato está em busca de imigrantes “criminosos”, e não dos “trabalhadores”, como foi dito ao longo da campanha dele.

As mensagens que chegam pelo WhatsApp alertam sobre o chamado “dano colateral”, um termo usado por autoridades americanas para designar imigrantes sem documentos, mas sem ficha criminal, que acabam sendo levados junto aos alvos primários dos agentes.

 

Com informações: G1

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