Nesta segunda-feira (2), o site Politico divulgou uma reportagem vazando a informação que juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos teriam realizado uma votação secreta, afim de derrubar a decisão da década de 1970 que garante o acesso ao aborto.

De acordo com o site, um rascunho de 98 páginas do relatório do juíz Samuel Alito, afirma que a maioria da Corte vota pelo fim da antiga decisão, conhecida como Roe versus Wade.

Conforme as informações divulgadas, o material circulou entre os juízes no dia 10 de fevereiro, e provavelmente, “foi escrito para servir de voto para um caso do Mississippi, onde há um projeto para impedir abortos depois de 15 semanas de gravidez”.

Apesar do que diz o rascunho, a decisão oficial dos juízes ainda não foi divulgada. Se a Corte tomar a decisão que consta no rascunho, os estado e o Congresso irão disputar para determinar quais são as condições em que o aborto será permitido nos EUA.

De acordo com o Centro de Direitos Reprodutivos, organização de defesa do direito ao aborto, com a decisão sendo oficializada, o procedimento passa a ser proibido em ao menos 24 Estados e três territórios americanos.

O juíz, Samuel Alito, defende que o assunto deve ser decidido por políticos, e não pela Justiça.

O site de notícias Politico foi o responsável por publicar o documento vazado na íntegra, no qual o juiz Alito define a decisão Roe como “extremamente errada desde o início”. E continua, dizendo: “Seu raciocínio foi excepcionalmente fraco e a decisão teve consequências prejudiciais. E longe de trazer um acordo nacional para a questão do aborto, Roe e Casey [outro processo sobre aborto, de 1992] inflamaram o debate e aprofundaram a divisão”.

A Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou, nesta terça-feira(3), a veracidade do documento sobre a possível restrição do aborto no país. A Casa Branca ainda não pronunciou sobre o vazamento.

Com informações BBC/ G1

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